autista

A Maçã não cai longe da Macieira…

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Dizem que a maçã não cai longe da macieira…

Hoje acordei com a notícia incrível que o jogo que meu filho Yan Gabriel Telles desenvolveu para ajudar crianças autistas está sendo reconhecido e inclusive ganhou matérias em revistas especializadas.

Quando meu filho foi diagnosticado como autista, minha maior preocupação foi com relação ao desenvolvimento profissional dele.

Sempre investi nas competências e skills dele e acreditei que isso ia vencer toda e qualquer dificuldade que ele tivesse.

Ele fez segundo grau técnico em programação de jogos digitais e está terminando a faculdade de jogos digitais.

Meu coração hoje explode de felicidade. Realmente conseguimos!!!! Estamos no caminho certo!

Para quem quiser ler a matéria, os links são (revista especializada em inglês e em português):

College students create digital games to help develop the cognition of children with autism

Universitários criam jogos digitais para ajudar a desenvolver a cognição de crianças com autismo

Para quem quiser baixar o jogo, ele é para PC. O jogo é gratuito e quem quiser faz uma doação para o desenvolvedor direto na plataforma:

https://acoyan.itch.io/a-grande-aventura-de-ronaldo

Ele vai desenvolver a versão de telefone!

Mais uma vez, aqui fala uma Mamãe feliz e orgulhosa! 😍

#autismo #jogos #games #rpg

Dia Mundial da Conscientização do Autismo – 02 de Abril

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Tenho um filho de 20 anos que é Autista.

Hoje meu filho é bem independente, trabalha e estuda e dificilmente tem dificuldades por conta de sua condição. O autoconhecimento trouxe a “cura” para ele. Digo que ele conseguiu sair da ostra para o mundo.

Existe uma infinidade de características e, digamos, níveis de acometimento da patologia. Alguns possuem comprometimento maior de suas funções verbais, sociais, intelectuais, psicológicas e motoras que outros.

Importante entendermos que, apesar das diferenças, algumas características são mais comuns, como por exemplo movimentos repetitivos, crises, medos, comprometimento da fala, instabilidade emocional e etc.

Aprenda a lidar e entender esse mundo. Você sairá muito mais rico enquanto ser-humano, quando começar a ver o mundo com a visão que eles têm.

Para entender um autista você precisa, antes de tudo, lhes dar amor.

Algumas outras questões eu aprendi lidando com meu filho autista:

  • Esqueça qualquer tipo de estereótipo.
  • A verdade pode ter várias faces.
  • A metáfora e a linguagem figurada não devem estar no nosso diálogo, muitas pessoas podem não entender o que queremos dizer.
  • Explicar de formas diferentes a mesma coisa pode fazer compreender as diversas formas de um mesmo entendimento.
  • A teoria pode ser desenvolvida a partir de várias óticas, normalmente as menos óbvias, são as que trazem resultados mais inesperados.
  • O normal é ser diferente.
  • A inteligência não é como conhecemos.
  • O fato de minha visão ser diferente dos outros, não significa que eu esteja errado.
  • Às vezes, se isolar faz parte de uma reciclagem necessária. Respeitemos.
  • Agir e pensar são dois movimentos completamente independentes. O pensamento pode te dar asas muito mais fortes na construção dos seus sonhos.
  • Acreditar é o segredo para o sucesso.
  • Que adolescentes podem ser muito mais cruéis do que os adultos ao lidar com as diferenças. Que o bullying existe e pode detonar com a autoestima de crianças especiais.
  • Movimentos repetitivos podem nos levar a perfeição. E daí se fazemos as coisas diferente dos outros? Persistência sempre.
  • Não aja de acordo com o que as pessoas esperam de você. Nada melhor do que um banho para acalmar.
  • Dormir às vezes faz com que algumas situações se tornem mais maleáveis para se resolver.
  • O sofrimento é parte de nós, principalmente nas frustrações, chorar não é vergonha, é uma forma de expor nossos sentimentos e colocar para fora os sentimentos de incapacidade.
  • O nosso caminho sempre estará em algum lugar, precisamos achá-lo.
  • O computador pode ser muito mais necessário que imaginamos, jogos de video game podem ser um grande portal para a felicidade, têm capacidades muito além da nossa imaginação, produzem muito mais conhecimento e cultura do que TV e podem estar diretamente relacionados a um futuro brilhante.

Além disso tudo, ter um filho autista, me ensinou que posso ser muito mais forte, muito mais versátil e adaptável que podia imaginar.

Me mostra todos os dias que eles são seres muito mais evoluídos que nós e que estão aqui para nos ensinar!

O dia 02 de Abril nos pede que a consciência cresça, que o preconceito diminua e que as capacidades destes seres iluminados sejam cada vez mais valorizadas, e suas dificuldades sejam cada vez mais neutralizadas por uma nova visão das diferenças…

É NORMAL (e bem legal!) SER DIFERENTE!!!!!

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Você está preparado para ter um cão? Uma Metáfora da Vida

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Muito mais que uma pergunta direta, há nesta questão várias interfaces metafóricas possíveis.  Hoje estava a meditar sobre o assunto e resolvi compartilhar…

Como já disse em alguns textos nesse blog, tenho um filho autista de 15 anos e todos os profissionais que o acompanham me pediam que comprasse um cachorro para ajudá-lo, desde o início do tratamento.  Mas, eu como uma “super executiva” atarefada, ocupada e focada no meu trabalho, não podia, de forma alguma, buscar mais uma responsabilidade para mim…  Além de 2 crianças, ter que cuidar de um cachorro, da casa, do marido e dos negócios era absolutamente inaceitável.

Os anos se passaram e em 2012, quando me mudei para Recife, a solidão e a distância me fizeram cogitar ter um animal de estimação e, de novo, pensei no trabalho que me daria ter cachorro…  Resolvi então ter um aquário e criar peixes…  Gostei tanto da brincadeira que menos de 3 meses comprei um segundo aquário, maior ainda, mantendo 2 aquários na casa.  Bom, logo as dificuldades surgiram…  Ninguém queria limpar o aquário, os peixes quando morriam ninguém tinha coragem de tirar, a interação com os peixes começava a ser chata, pois eles não respondem a estímulos, controle de pH, de ureia, de temperatura e etc é um trabalho diário e muitas vezes esquecido, mas vital para a sobrevivência dos peixes.

Com a crise energética (bombas d’água, controle de temperaturas, iluminação e etc gastam muita luz, além da troca de água semanal, são completamente bola fora na época de economizar!) e a morte de todos os peixes, resolvi declinar da criação do bichinhos…

A psiquiatra ainda insistia comigo na necessidade do cachorro ou gato…  Os meus dois filhos e meu marido queriam muito.  Mas, pensava novamente na sujeira, no trabalho, na minha alergia…  Pensava em mim!

Um certo dia, uma amiga me marcou num vídeo no Facebook e simplesmente meu mundo virou de cabeça para baixo.  Fiquei imaginando quantas e quantas crises eu poderia ter evitado se tivesse deixado de pensar em mim.  O vídeo era de uma adolescente autista que tinha um cachorro que conseguia ajudá-la a sair da crise.  Morri por dentro de culpa, de raiva por todo o meu egoísmo e falta de sensibilidade.  Quanto sofrimento não poderia ter evitado!?  Fui nocauteada! – *Vídeo abaixo!

No dia seguinte, saí cedo de casa e fui para um evento, nos intervalos deste evento fiz uma pesquisa de raças próprias para as necessidades da família.  Conversei com vários especialistas no assunto e arrumei um canil que tinha filhotes do cão escolhido.  Antes de ir para casa fiz a loucura de comprar uma cadelinha de 2 meses da raça Labrador.

Os gritos de felicidade das crianças quando cheguei em casa foram impagáveis.  A primeira noite foi bem tranquila. A primeira.

Aí, a partir do segundo dia veio a tona tudo o que eu temia…  Era um bicho pequeno, cheio de energia, que faz coco e faz xixi pela casa, já que ainda não pode sair, não tem hora de brincar ou de dormir, não tem botão de liga e desliga, não fica dentro de um aquário sem interação, precisa de carinho e muita atenção…  As crianças, que antes diziam que iam cuidar, se cansaram bem rápido…

A cachorra está há 3 semanas na minha vida, parei de ir para a academia, parei de dormir, parei de escrever, parei de estudar e estou conseguindo trabalhar nos raros momentos em que ela dorme. Limpo a casa o dia todo por conta das necessidades fisiológicas dela.  Estou exausta.  Tentando inserir as atividades de educação e diversão do bicho com a rotina das crianças, que tanto me pediram…  Contratei uma adestradora para adestrar as crianças, a cachorra agradece…

Em muitos momentos penso e me arrependo de ter pego a cachorra, mas agora não me imagino sem ela.  Racionalmente eu não estava preparada para ter um cão, mas emocionalmente eu provavelmente já estava há muito tempo atrasada.

A partir da próxima semana estabeleci como meta, tentar ter de volta a minha vida normal, reorganizando tudo à nova situação, muito mais preparada e organizada.

Metaforicamente falando, tirei mais uma lição de vida, aliás, muitas:

– Às vezes, por nosso próprio egoísmo, não nos damos a chance de conhecer o outro lado das nossas opiniões.  Se não cedermos e entrarmos de cabeça no desconhecido, poderemos estar nos privando de novas experiências fantásticas.

– A sua rotina pode ser mais árdua do que você está acostumado, você precisará se reinventar, se reestruturar, se readaptar para poder colher os frutos mais tarde.

–  Educar e estabelecer limites para um cachorro é mais difícil do que fazer com uma criança. A grande diferença é que, quando grandes e uma vez educados, os cachorros desobedecem menos e respeitam mais suas ordens do que seus filhos o farão quando estiverem na adolescência.

– Fazer uma atividade rotineira, porém de forma repetida, diversas vezes por dia (ex: limpar a casa de xixi e coco) pode lhe fazer desenvolver formas mais eficientes e menos cansativas desta ação.  Além disso, segundo os japoneses, quanto mais você limpa o ambiente, mais você estará limpando sua alma.

– Às vezes as suas necessidades devem ser deixadas de lado por um tempo, para que o bem estar de todos seja alcançado.

– Ações paliativas para reprimir uma vontade coletiva, trazem sofrimento e dor (coitado dos peixes!).

– Comemore sempre os acertos e não super valorize a crítica dos erros.

– Pontue erros e acertos o mais rápido possível.

– Seja assertivo nas suas mensagens.  Falar muita coisa ao mesmo tempo só confunde.

– Atente-se para o tom da voz, ela pode dar a mensagem errada para seu interlocutor.

– Cuidado!  Você pode se apaixonar muito mais rápido que você imagina.  E, “ALL WE NEED IS LOVE”!

 

*Vídeo que me fez mudar de opinião e de vida…

 

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Gestão de Pessoas: O que eu aprendi com meu filho Autista

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Dia 2 de Abril comemoramos o Dia da Consciência do Autismo. Essa data é especialmente significativa para mim, pois tenho um filho que hoje tem 15 anos, que é autista. Ao longo de todos esses anos de convivência, aprendi muito mais com ele do que, certamente, ele comigo.

Quando ele nasceu, começava minha vida profissional com apenas 22 anos. Ao longo da minha carreira, fui me adaptando à condição de mãe de criança especial e executiva super ocupada… Muitas vezes a paciência me faltava com ele, por conta de suas limitações. Até que, através da terapia dele, comecei a perceber que o autismo poderia me ensinar a ser uma gestora mais justa, mais humana e mais assertiva, desde que fosse assim também com meu filho. Desta forma, me transformei… Não foi fácil, não foi mágica… Ainda é muitas vezes doloroso… Mas, depois de quase 10 anos dentro desta consciência, posso dizer que ele me tornou uma pessoa muito melhor, em todos os sentidos. Abaixo cito algumas mudanças que me adaptei por esta minha realidade e que aplico na minha vida profissional e que me ajudam na condução de times fortes e altamente competitivos.

  • Mesmo que as pessoas não estejam olhando para você, mantenha o contato visual. Passa confiança e, aos poucos, ele se torna sustentação nos momentos de fraqueza do seu interloctor.
  • Esqueça qualquer tipo de estereótipo. Não julgue jamais alguém por suas atitudes, principalmente se elas forem diferentes do que a sociedade impõe. Inclua sempre! Trabalhe os diferentes de forma a ressaltar-lhes suas competências!
  • A verdade pode ter várias faces. Ponderar e equilibrar todas elas para um posicionamento mais justo é sempre o mais assertivo.
  • O combinado não sai caro. Ajustar acordos previamente evita frustrações.
  • A metáfora e a linguagem figurada não devem estar no nosso diálogo, muitas pessoas podem não entender o que queremos dizer, principalmente num coaching.
  • Explicar de formas diferentes a mesma coisa pode nos fazer compreender as diversas formas de um mesmo entendimento. A teoria pode ser desenvolvida a partir de várias óticas, normalmente as menos óbvias, são as que trazem resultados mais inesperados. 
  • O normal é ser diferente. 
  • A inteligência não é como conhecemos. O fato de minha visão ser diferente dos outros, não significa que eu esteja errado. 
  • As vezes se isolar, faz parte de uma reciclagem. Agir e pensar são dois movimentos completamente independentes. Respeitar este isolamento é uma prova de amor ao próximo.
  • O pensamento pode te dar asas muito mais fortes na construção dos seus sonhos. Acreditar é o segredo para o sucesso. 
  • Palavras encorajadoras e de apoio são sempre muito bem vindas…
  • Movimentos repetitivos podem nos levar a perfeição. 
  • E daí se fazemos as coisas diferente dos outros? 
  • Persistência sempre. 
  • Dormir ou esperar um pouco para tomar decisões, faz com que algumas situações se tornem mais maleáveis para se resolver. 
  • O sofrimento é parte de nós, principalmente nas frustrações, chorar não é vergonha, é uma forma de expor nossos sentimentos e colocar para fora os sentimentos de incapacidade, segurar pode tornar a cicatriz eterna. 
  • O nosso caminho sempre estará em algum lugar, precisamos achá-lo. 

Além disso tudo, ter um filho autista me ensinou que posso ser muito mais forte, muito mais versátil e adaptável que podia imaginar, me mostra todos os dias que eles são seres muito mais evoluídos que nós e que estão aqui para nos ensinar!

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