Férias: Viagem Roma e Paris – Parte 2 (Paris)
Sétimo dia de viagem, mês de outubro de 2018. Absolutamente apaixonada por Roma, conforme vimos na Parte 1 deste texto.
Acordei engraçadinha e fiz uma live que eu sempre sonhei em fazer:
Como eu disse na parte 1, Paris não é um sonho de criança e sim uma curiosidade quase unânime. Além disso, passou a ser necessário para a reconstrução do meu novo eu, onde eu me provo que eu não dependo de ninguém para fazer o que quero. Que fique claro que com isso eu não estou dizendo que nunca mais vou ter alguém. Muito pelo contrário, minha reconstrução me prova que posso ir onde quiser ir, eu me basto e não preciso me sujeitar a qualquer coisa para ser feliz, posso ser feliz sozinha e posso fazer quem merecer meu amor, uma felicidade maior ainda. Pois de tão completa, somarei. Esse foi apenas um desabafo rsrsrsrs
DIA 1
Chegamos no aeroporto de Paris no meio da manhã. O Hotel era um pouco afastado da cidade, numa cidade universitária, por isso preferimos ir de taxi. O caminho já nos deixou perplexas: Que lugar sujo! Vimos muitos mendigos e pedintes nas ruas e isso nos deixou um pouco chocadas. Já sabíamos da questão da imigração, mas é Paris, não imaginava tamanha sujeira nas ruas e população de rua tão grande.
Primeira impressão não foi nem um pouco poética.
Chegamos no Hotel, um Hotel bem bonitinho, ficava a menos de 100 metros de uma estação de metrô, a La Villete. De lá para o centro de Paris dava em torno de 30 a 40 minutos, ou seja, não era nada central, mas com a facilidade do metrô na porta, tudo fica perto.
Deixamos as malas e estávamos com muita fome, fomos no mercado em frente, nosso quarto tinha fogão e microondas, desta forma poderíamos preparar as refeições e economizar uma graninha.
Voltamos para o quarto, almoçamos e dormimos rsrsrsrs
Precisávamos nos reenergizar. Isso: em resumo, nosso primeiro dia em Paris foi dormindo!
DIA 2
Já havíamos comprado com antecedência os ingressos da Disney Paris para esse segundo dia na “Cidade Luz”(???).
A Disney Paris fica um pouco afastada da cidade. É necessário até pegar trem.
No primeiro contato, o metro de Paris pode ser bem confuso. Muitas linhas que se cruzam, mas em pouco tempo você se acostuma.
Como era o segundo dia, demos sorte de encontrar na estação de Villete com uma família Colombiana, que a filha mais velha já conhecia o caminho.
Fomos seguindo e chegamos.
Já na chegada, o primeiro choque, especialmente para quem já foi à Disney em Orlando: UMA ZONA PARA A ENTRADA.
Não era fila, não era organizado, um barulho, pessoas de mau humor. Que choque!
Internamente não foi muito diferente. Muitas atrações estavam fechadas. Os funcionários não tem nem de longe a mesma energia acolhedora da Disney nos EUA.
E em termos de manutenção, vi chão desalinhado, pintura descascando, lixo no chão.
Muita loja de compras. A impressão que dá é que é uma filial em desalinho com o perfil da matriz.
Realmente foi decepcionante. Mas, como eu não perco a viagem, consegui tirar fotos bem legais. Tá certo que a modelo aqui ajuda bastante rsrsrsrsrs 😉
DIA 3
Quem nunca quis conhecer a Monalisa pessoalmente?
O terceiro dia em Paris foi dia de Louvre. Tudo é muito pratico de metro em Paris. Pegamos o metro e saímos na estação quase de frente para as famosas Pirâmides de Vidro do Louvre.
Mas, falando rapidamente do Metro, estava calor. A maior parte dos trens do Metro não têm ventilação. É verdade que o povo lá não curte muito banho, é cultural. As casas não tinham banheiros antigamente. Eram banheiros coletivos. No frio, quem vai enfrentar fila, às vezes no relento, para tomar banho? Mas, esse cheiro entranha no ar. Muita gente fedida no Metro. A cidade é muito suja. Muitos mendigos e pedintes por todo lado. Muitos, muitos e muitos moradores de rua. Não vi poesia nenhuma até agora.
Muito cheio! Principalmente de grupos de Chineses e Japoneses. Que, aliás, não têm muito respeito com os outros. Desde Roma vim observando que toda a educação que os orientais mostram ter nos eventos com relação a limpeza e respeito para com o próximo, não se aplica no turismo. Eles empurram, passam na sua frente na fila, falam muito e às vezes em lugares inapropriados, não respeitam fotos e nem têm a paciência necessária para visitar locais com grande público como esses.
Obviamente, como já esperado, a Monalisa é super concorrida. Uma sala lotada, cheia de outras obras, com dezenas de pessoas amontoadas à uma distância de segurança da obra. Todos tentando tirar uma selfie com a famosa anônima de Leonardo Da Vinci.
Confesso que, a essa altura, já estava cansada de museus e de tanta gente sem educação empurrando e dando encontrão em mim. Contrariando minha companheira de viagem, demos por encerrada a visita após umas 4 horas.
Saímos do Museu e fomos caminhar no Jardim des Tuileries. Muito gostoso o lugar, descemos andando até a Champs Elisée… Sim, eu caminho muito nas minhas viagens. Uma média de 10 a 14Km por dia.
Aproveitei a visita em algumas lojas de compras (gastei o que não devia!) e comi o famoso Entrecôte com fritas num Bistrô super charmoso na Champs Elisée. Realmente é bom!!!!
Fomos até o portal do Triunfo e voltamos para o Hotel bem cansadas.
DIA 4
Hoje foi dia de Torre Eiffel. Ah, que espetáculo da engenharia!!!!! Impressionate! O Campo de Marte não é muito legal não. Pedintes por toda parte! A grama irregular. Avisos de cuidado com o ladrão ajudam mais ainda a tirar a poesia do local. Mas a torre é linda. Dá para ficar horas olhando para aquele lindo “troféu”.
Eu já contei aqui que a escolha de Paris foi uma prova de mim para mim que não preciso de homem para conhecer os lugares, já que seria o lugar da minha lua de mel com uma namorado que tive. Então, esse namorado ficou mandando mensagens dizendo que eu ia odiar Paris porque lá é um lugar romântico. Que eu veria casais por toda parte.
Sinceramente: não é bem assim!
Tinha um casal fazendo fotos de bodas no Campo de Marte. Apenas 1!
Ficamos quase 3 horas na fila para subir na torre. Fomos até o ultimo platô. Lá em cima também vi muitas famílias. Tem até champanhe vendendo em lojas na torre, mas se o destino fez para eu me sentir melhor eu não sei, mas que não tinha casais romanticando na minha frente, definitivamente não tinha.
O que importa é que realmente é um passeio que valeu a pena. Perdemos quase o dia todo porque ficamos quase 3 horas na torre. Almoçamos por lá mesmo. Valeu! É um passeio caro, mas vale muito.
DIA 5
Dia de bater perna. Fomos andando, visitando várias igrejas, monumentos e me deram a dica de ver o por do sol na Igreja de Sacré-Coeur, que fica perto do Moulin Rouge.
Primeira parada do dia foi no Cemitério do Père-Lachaise, onde estão enterrado Jim Morrison, Chopin e muitos outros. Um lugar interessante. Vale acrescentar, que em muitos lugares do mundo é comum a visita turística em cemitérios. Em Buenos Ayres, por exemplo, chega a ser um point, com bares e restaurantes no entorno. Eu nunca havia ido a um cemitério com esse propósito, aliás, até há bem pouco tempo eu nem sequer entrava em cemitérios. Mas, fui! No início com um certo receio, mas fui.
É interessante o nível energético de lá. O cemitério tem um mapa na entrada com os locais das sepulturas dos famosos. A sepultura do Jim Morrison é bem escondida e teve já bastante vandalismo. Detalhe para uma árvore próxima cheia de chicletes presos. A energia é um tanto quanto densa neste local.
Já a sepultura do Allan Kardec, fui guiada por uma energia muito intensa e gostosa. Que lugar diferente! Cheio de flores e paz! O mapa não era muito preciso e a energia realmente fez a diferença para eu me localizar onde era a sepultura. Fui tomada por uma energia tão intensa! Difícil descrever, mas com certeza visitar o cemitério fez uma diferença inimaginável nesta viagem.
Depois do cemitério, fomos andando e chegamos ao Jardim de Luxemburgo. Que lugar lindo! Nossa, ficaria horas sentada por lá apreciando a vista e a energia do lugar. Muito gostoso. E o solzinho estava uma delícia.
Fomos a Notre-Dame. Uma fica enorme para entrar. Lá dentro, o que eu vi me deixou muito triste. Obras sucateadas. Muita fuligem, infiltrações e rachaduras. Uma pena o lugar estar daquele jeito. Agora, passado um ano, sabemos o que estava por vir. O incêndio pode ter sido uma tragédia anunciada. Conversei com algumas pessoas de lá que disseram que o governo francês estava direcionando verbas da cultura para os refugiados que são bem vindos na França.
Esse foi um dia que rodei bastante pela cidade, o que eu vi foi uma cidade suja, sem cuidado e com uma população de rua muito maior que imaginava. Nos metros é comum ver pessoas dormindo nas estações e até mesmo nos carros. Toda saída de metro você encontra pessoas com papeis na mão pedindo para você assinar. É para fazer doação. Eles não deixam nem você andar direito. Definitivamente, não curti. Tive a sensação várias vezes de estar sendo seguida. Carioca já vê batedor de carteira a distância… Fiquei em alerta o tempo todo.
Conforme me foi dado de dica, fui ver o por do sol da Sacré-Coeur. A chegada até lá é interessante. Saí no metro do Moulin Rouge e fui subindo a rua que dá acesso às escadarias. É um bairro alternativo. Na rua que subi, várias pessoas fazendo cabelo nas calçadas, ouvindo música alta e consertando carros. Inusitado.
A Igreja é realmente um point. Lotado de gente bonita. No dia que eu fui, ainda estava acontecendo um feira no entorno da igreja. Diferentemente da maior parte das igrejas em Paris, que são estilo gótico, a igreja tem um estilo bem contrastante, Romano-Bizantino. Fica no ponto mais alto de Paris, onde realmente o por do sol toma uma proporção sem igual de beleza e poesia.
A igreja é linda. Eu, particularmente, não gosto de estilo gótico. Acho muito “pesado”, me agonia e me dá a sensação de prisão, opressão e tristeza. Estar num ambiente mais clean, também foi um colírio para meus olhos, que já estavam com saudade das igrejas maravilhosas de Roma.
DIA 6
Está chegando a hora de dizer Au Revoir.
Para o último dia, escolhi comprar um passeio de Ônibus + barco pelo Rio Sena. Foi divertido pois estava sozinha, Fernanda preferiu fazer outros passeios, e minha internet tinha acabado. Precisei me aventurar sem 4G. O ponto de encontro era em frente a um bistrô perto do Louvre. Aproveitei que cheguei bem cedo para experimentar um Crepe Suzete. Não gostei muito não.
O passeio foi ótimo, conhecer a história por trás dos monumentos que visitei nos dias anteriores, foi bem interessante. E o passeio no Sena foi uma delícia.
Em resumo, não achei Paris isso tudo. Meu coração realmente ficou em Roma e hoje tenho certeza que minha lua de mel não será em Paris!
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