A Natureza da Dor
O menino viu um casulo caído no chão. Dentro dele, uma borboleta tentava, sem sucesso, sair de sua casca, ávida pela sua nova vida enquanto borboleta.
Agoniado com o sofrimento da borboleta, o menino pegou uma vareta e começou a ajudá-la. Em poucos minutos ela se livrou daquele fardo. A ajuda do menino lhe economizou algumas horas de esforço, sofrimento e dores.
Porém, com a economia de tempo e de força para conseguir remover sozinha o seu casulo, a borboleta ficou insuficientemente forte e preparada para voar.
Passou o resto de sua vida no chão, escapando de ser pisada, pois sua asa não conseguiu ser preparada para voar. Não ficou forte o suficiente pela falta de esforço na saída do casulo.
Sim… é uma história forte e triste, mas que consegue nos passar alguns ensinamentos.
Mudar nossa natureza não é fácil. Dói pra cacete!
Será que não devemos passar pela metamorfose em nossa vida para nos despir de conceitos falhos, que nos levam à erros durante nossa existência. Mas dói, né…. E como dói!
Acredito que a cada nova fase, nos é dada a oportunidade de nos transmutarmos, entrarmos num novo casulo e ressurgir para uma nova vida, numa nova conceituação de vida. Ressignificar pensamentos e ajustar rotas erradas que não nos levaram a lugar nenhum.
Agora entendo muito bem, que minha maior fraqueza sempre foi ficar sozinha. Desde adolescente, esse pavor me rondava. Esse meu medo me fez escolher relacionamentos onde eu depositava no outro a responsabilidade de me fazer feliz. Sempre contava que alguém fosse me tirar do casulo. Saía enfraquecida, assim como aquela borboleta.
Machuquei e fui machucada. Tive que sofrer para entender que, na verdade, o que me falta é aprender a ficar feliz comigo. Estar bem comigo, significa dizer que, quando eu estiver 100% pronta, o relacionamento que eu tiver para durar, terá um vetor contrário do que sempre teve: Eu estarei bem, feliz por mim e para mim e essa felicidade externalizará para quem estiver comigo. Essa pessoa não terá a responsabilidade de me fazer feliz, somente de entrar nessa minha atmosfera de amor.
No auge dos meus 41 anos, tenho o DESorgulho de dizer que tive 4 relacionamentos importantes para mim ao longo da minha vida. Os 4 eu me frustei demais. Recentemente, isso tem pesado. Pesado tanto, que resolvi tentar me mudar, passar por uma metamorfose dos meus sentimentos, como a borboleta que sai do casulo.
Há 2 meses venho repensando em tudo isso. Tá pesado, doendo, difícil, mas não posso ser ajudada nesse momento. Conseguirei sair sozinha do casulo, fortalecida e segura para poder voar.
Uma amiga me disse que minhas restrições (minha lista de requisitos para meu crush) podem afastar de quem pode me fazer feliz. Mas aí está justamente o ponto. Essa lista está me mantendo a uma distância de segurança de paixões erradas. Ou quiçá das paixões certas no momento errado.
Notei que, o que realmente quero, ou pelo menos acho que quero, não é bom para mim neste momento. A partir deste meu entendimento, melhor não me apegar a ninguém mesmo. A substituição já me mostrou mais de uma vez que não dá certo.
Talvez eu esteja vivendo mais intensamente a minha fase solteira agora. Isso talvez acabe afastando pessoas super legais, que não estejam no mesmo momento que eu. Quando eu acho que pode ser uma coisa legal, me apego nos defeitos que enxergo e me afasto da pessoa. Já me redimo dos mal entendimentos que possa causar, estou saindo do casulo agora, não quero magoar, só quero me libertar.
Fugir da minha natureza não está sendo fácil. Mas se alguma coisa na vida é fácil, certamente estamos fazendo do jeito errado. O que é bom, chega com sacrifício e esforço. É em cima exatamente deste conceito que vou endossar meu comportamento e minhas atitudes, mudando minha natureza original e tentando viver a vida de uma nova forma. Aprendendo a estar sozinha e feliz comigo.
A única coisa que desejo neste momento é que eu não descubra um mundo mais feio ainda fora deste meu novo casulo que estou prestes a eclodir.
No fundo, eu acho que o que vou precisar logo, logo, é de colo… Ou será que já não preciso neste momento?
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Esta publicação foi postada em Coaching, Dicas, Geral, Vida "Normal" e marcada amor próprio, antes só do que mal amada, auto conhecimento, autoestima, borboleta, coach, coachee, Coaching, como viver a vida, em busca da felicidade, estar sozinha, felicidade, metamorfose, natureza da depressão, natureza da dor, prefiro ser essa metamorfose ambulante, reciclando, relacionamento, transformação, transmutar, vida, vida feliz, viva a vida.