Bancar Suas Escolhas: Assuma as Consequências e Posicione-se Sem Culpar Outros

Como atuo muitos com marketing digital, uma pergunta bem comum que me fazem é sobre expor posicionamentos e opiniões nas redes sociais.

A minha resposta é sempre a mesma:

Tanto nas redes sociais, quanto na sua vida, você pode bancar o custo das suas posições?

Sim! É exatamente isso. Independente da linha da sua opinião, sempre haverá pessoas concordando e outras discordando veementemente.

Neste ponto é que pergunto sobre o quanto você está preparando para suportar e bancar o peso do seu posicionamento.

Postar nas redes sociais ou viver sua vida é sempre estar se posicionando e permitindo ou não que opiniões contrárias às suas afetem ou não o seu pensamento.

Se você tem um pensamento ou a necessidade de mudar de opinião, é a sua vida. Banque isso também!!!!

Como já dizia o poeta:

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.

Raul Seixas

Mude de opinião, visão, posição, orientação, mas encare tanto o ônus como o bônus de ser você.

Saiba que sempre existirão críticos de plantão, mas se você assume com erros e acertos, driblar a opinião dos outros a respeito de você será muito mais leve e até ignorável.

Mas, só não vale jogar na conta do coleguinha o peso das suas escolhas ruins ou até mesmo aquelas que te tiram o perfil que você quer bancar para o mundo. Ou seja, quando a sua máscara cai e você tem que enfrentar o mundo de cara limpa, assuma. É muito mais complicado quando se está vestido de um personagem que não se sustenta.

Semana passada, ouvi uma história muito interessante…

Um homem de seus 50 e poucos anos, era casado e mantinha um relacionamento fora do casamento por mais de 2 anos. Ele nunca fazia questão de esconder, inclusive, justificava para os amigos que o casamento era uma merda e que não deveria nunca ter existido, relembrando, inclusive, uma grande briga pública do casal, que ele falava: “Começou errado ali, era o Universo me avisando e eu não ouvi”. Mantinha essa relação extra, saia com essa pessoa para bares e restaurantes com amigos ou só os dois, saiam até mesmo perto de casa dele, sem nenhum tipo de pudor ou vontade de esconder.

A sua esposa desconfiou 1 ano e meio depois do início da relação, foi interpelar a “namorada”, que confirmou a relação. A esposa botou o homem para fora de casa, dizendo inclusive que era o planejamento dela fazer isso e só estava esperando um motivo mais forte para ter coragem, também não assumiu seus posicionamentos…

Esse homem agora culpa a namorada por não ter pensado no filho dele! OI????? Como assim????

Eu achei tão surreal essa cobrança e apontamento de culpa. Essa pessoa nitidamente não banca suas escolhas!

Ele era o casado, ele tinha o filho e mesmo anunciando aos quatro ventos que o casamento já havia falido há muito tempo, parece que esqueceu de combinar isso com a esposa… Posso estar muito enganada, mas ele que deveria ter pensado no filho dele. Ele teve 1 ano e meio para isso, antes de sua esposa ficar sabendo e mesmo depois da “descoberta”, continuou a relação, só se dando conta agora, colocando a culpa em quem absolutamente não teria responsabilidade direta com o processo. Ele assumiu o risco eminente de ser visto e desmascarado o tempo todo. Mas, quando acontece quer terceirizar a culpa.

Tem um episódio dos Simpsons que o Bart diz: A Culpa é minha e eu ponho em quem eu quiser…

Ahhhhh, não é bem assim que a banda toca, que a corneta apita…

Quando vivemos algo, escolhemos um caminho ou decidimos por A ou B, precisamos estar cientes que toda escolha vai representar uma renúncia. Quando escolho algo, automaticamente estou declinando de uma outra opção, normalmente porque entendemos que naquele momento a escolha que estamos tendo parece ser a mais adequada diante das possibilidades. Essa é uma responsabilidade pessoal e intransferível. Não culpe outrem pelas suas escolhas!

Banque suas escolhas, suas posições e assuma as consequências, boas ou ruins, de ser quem é.

Nossas decisões, pensamentos e atos são o que somos. Ter um personagem, pode até durar por algum tempo, mas em algum momento essa novela acaba e o personagem fica sem continuidade.

Bancar nossas escolhas não é só postar um texto lindo sobre família, fé e amor. É consolidar as atitudes com o discurso. É viver e bater no peito sobre suas posições, tendo orgulho de todos os erros e acertos.

Sim, somos seres errantes e sempre teremos erros para nos orgulhar: É fazendo merda que se aduba a vida. Só não joga tua cagada na casa do outro! Use para adubar seu próprio jardim…

Isso também vale no âmbito profissional. As máscaras caem e os personagens não perduram por muito tempo.

Cansei de lidar com funcionários com uma falsidade de personalidade impressionante. Não tenho paciência para gente que não consegue carregar o peso de ser quem é.

Cresça! Assuma seus B.O.s. Ressignifique e transmute seus erros e transforme seus Karmas em Dharmas…


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Publicado por Luciana Telles

Apaixonada por internet, tecnologia e negócios. Mãe, mulher e profissional. Positiva, entusiasta e feliz!

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